Relações Internacionais



TECENDO NA LUTA A MANHÃ DESEJADA...
CONSTRUINDO UMA ARTICULAÇÃO INTERNACIONALISTA

A luta da classe trabalhadora é internacionalista e, neste sentido, o projeto ético-político do Serviço Social brasileiro, expressando o compromisso com a “opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero” (CFESS, 1993), não se limita às fronteiras nacionais.
A crise do capital se impõe mundialmente trazendo novos desafios, mas também novas possibilidades de articulação a partir da organização da classe trabalhadora em âmbito internacional, particularmente a partir de Nuestra America! Neste sentido, a integração latinoamericana é prioridade nas nossas relações internacionais e passa pela apropriação de seu patrimônio cultural, sua história de luta e resistência!
Nos últimos trinta anos construímos um trabalho comum entre ABEPSS, ENESSO e CFESS/CRESS articulando, de forma indissociável, trabalho e formação profissionais. Ao mesmo tempo, o investimento do Serviço Social brasileiro na produção de conhecimentos numa perspectiva crítica, tanto como objeto de estudo quanto apreendendo as determinações e os nexos particulares das expressões da “questão social” e suas formas de enfrentamento, trouxe a possibilidade de tornar-se referência internacional, quanto de contribuir com a disseminação da produção na área em língua portuguesa.
O debate internacional passa pelo diálogo entre diferentes idiomas e culturas. Nesta interação, ao mesmo tempo em que nos abrimos para outras referências, também lutamos para que sejamos ouvidos/as e reconhecidos/as no nosso idioma e cultura. Vamos continuar estimulando a presença de assistentes sociais brasileiros/as nos eventos internacionais, socializando nossa produção e fortalecendo sua internacionalização adensando a luta anticapitalista.
            A superação do colonialismo é um desafio permanente. Tecer a manhã desejada exige atitude que recupere a memória e o patrimônio herdado projetando novas relações sociais. Compartilhar com demais povos que falam a língua portuguesa a superação do estatuto colonial e lutar por um projeto emancipatório também se coloca como um desafio. Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Timor Leste e Portugal, juntamente com o Brasil, fazem parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa – CPLP. O mesmo idioma permite nos comunicar com mais facilidade e, neste sentido, temos a oportunidade de fomentar o intercâmbio e contribuir com a organização profissional da categoria.

            Neste contexto, tecendo na luta na manhã desejada temos o objetivo de:        
  • intensificar debates no conjunto CFESS/CRESS sobre as relações internacionais no âmbito do exercício e da formação profissionais;
  • promover ações na perspectiva da integração latinoamericana e acesso ao seu patrimônio cultural;
  • fortalecer o Comitê Latinoamericano e Caribenho de Organizações Profissionais de Trabalho Social/Serviço Social - COLACATS, na perspectiva de avançar na defesa de princípios ético-políticos comuns;
  • fortalecer a interlocução com a categoria profissional dos países que fazem fronteira com o Brasil levantando as demandas e respostas profissionais, destacando-se a particularidade da intervenção nas regiões fronteiriças;
  • manter participação crítica na Federação Internacional de Trabalhadores/as Sociais - FITS fortalecendo, neste espaço,  a articulação política baseada nos princípios éticos defendidos pelos/as assistentes sociais brasileiros/as;
  • intensificar o debate sobre a Definição de Serviço Social construída no workshop realizado no Rio de Janeiro em 2012, considerando a particularidade latino-americana e sua inserção no âmbito internacional;
  • fortalecer o movimento de promoção e proteção dos direitos humanos, particularmente no âmbito do Mercosul;
  • apoiar a organização da categoria profissional nos países de língua portuguesa;
  • defender que a língua portuguesa seja incluída como língua oficial da FITS e que nos eventos internacionais haja a sua tradução;
  • apoiar a luta dos/as assistentes sociais pela regulamentação da profissão e fortalecimento do estatuto profissional nos demais países.





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